Os atuais paradigmas de programação de software, mais precisamente o Paradigma Imperativo (PI) e o Paradigma Declarativo (PD), apresentam deficiências que afetam: (a) o desempenho das aplicações; (b) a facilidade de programação no PI ou as funcionalidades na programação no PD; e (c) a obtenção de desacoplamento (ou acoplamento mínimo) entre os módulos de software, o que dificulta seus reaproveitamentos bem como o uso de multiprocessamento. Na verdade, o PI e o PD são similares ao serem baseados em buscas ou no percorrer sobre entidades passivas, que consistem em dados (e.g. fatos ou estados de variáveis ou de atributos de outras entidades) e comandos de decisão (e.g. expressões causais como se-então ou regras). Nestes, as buscas afetam o desempenho das aplicações por gerar redundâncias de processamento e dificultam o alcance de uma dependência mínima dos módulos por gerar acoplamento implícito entre eles. Entretanto, o PI e o PD se diferem em termos de facilidades na programação. É difícil programar com o PI, uma vez que é preciso manipular diretamente os comandos das linguagens e organizá-los de tal maneira para formar o fluxo de execução dos programas. Felizmente, o PD poupa o desenvolvedor destas particularidades, mas para isto ele perde as funcionalidades existentes no PI como acesso a hardware e certas otimizações algorítmicas. Com o objetivo de prover uma solução para este conjunto de deficiências, foi desenvolvido o Paradigma Orientado a Notificações (PON) derivado de uma teoria de controle e inferência precedente. O PON se inspira nos conceitos do PI (e.g. objetos) e do PD (e.g base de fatos e regras) oferecendo melhores qualidades do que estes paradigmas. Basicamente, o PON usa objetos para tratar de fatos e regras na forma de composições de outros objetos menores. Todos estes objetos apresentam características comportamentais de certa autonomia, independência, reatividade e colaboração por meio de notificações pontuais. Estas características são voltadas à realização participativa das funcionalidades do software por esses objetos. Em suma, este trabalho apresenta o PON classificando-o como um paradigma efetivo, disserta sobre as qualidades e vantagens dele e a quais contextos se aplicam e principalmente, o compara com os paradigmas vigentes. Estas comparações se dão por meio de explicações e estudos práticos e teóricos, onde a eficiência de execução é salientada. O trabalho conclui sobre as vantagens e pertinências do PON, bem como abre perspectivas de pesquisa sobre ele, onde o multiprocessamento é um exemplo.